Entrevista com o vencedor da 5.ª edição do concurso Poesis, Adam Sankowski



Há uns dias, estivemos à conversa com o vencedor da 5.ª edição do concurso Poesis, o concurso de tradução de poesia organizado pelo Instituto de Estudos Ibéricos e Ibero-americanos da Universidade de Varsóvia e o leitorado do Camões I.P. nesta instituição. A conversa com Adam Sankowski possibilitou-nos ter acesso à sua cosmogonia da tradução e saber onde tiveram origem as ideias para a sua tradução do poema de José Saramago e não só.

Boa leitura!


Quando te deparaste com o poema deste ano, soubeste imediatamente como deverias fazer o teu trabalho ou calculaste meticulosamente as possíveis estratégias?

No que diz respeito à poesia, costumo logo seguir a convenção e deixar-me levar por cordões de letras e caracteres. Entro num estado de consciência superior, sinónimos, antónimos e outros-nomes em todos os casos, conjugações, números e tempos começam a circular à minha volta, e provavelmente pareço a Nazaré Tedesco da «Senhora do Destino». A partir disso, eu invento, pelo menos, algumas versões de cada verso e depois vem o pior — tenho de escolher a opção mais apropriada. Não é fácil. Por um lado, sou terrível nas escolhas (o livre arbítrio foi um presente verdadeiramente horrível), e além disso, eu e os revisores dos meus próprios (pseudo-)poemas temos geralmente opiniões muito diferentes sobre qual é o meu melhor trabalho, o que é extremamente confuso — por essa lógica, deveria tentar escrever o pior que posso, wtf, não vale a pena.

Mas voltando à questão, neste caso particular uma das primeiras opções ganhou, mas isso é também provavelmente porque não tive tanto tempo para esta tradução como teria desejado.

Parece-me que quando traduzimos, por vezes, sentimos que algo funcionou perfeitamente, como se tivéssemos encontrado a melhor solução possível. Outras vezes temos de (com um desagrado pintado na cara) aceitar uma solução que é, na melhor das hipóteses, aceitável na nossa própria opinião. Como te sentiste com a tua própria tradução na altura em que a enviaste, e como a vês agora, que já arrefeceu?

No início, classifiquei-a como terrível (e depois de tê-la enviado nem sequer tive vontade de olhar para ela, acta est fabula), porque nem sequer tive tempo de me sentar para fazer um trabalho apropriado. Talvez seja melhor, como o futuro já demonstrou, mas tenho a certeza que teria conseguido traduzi-lo melhor. O que não quer dizer que tivessse ficado mais satisfeito então. Mas acho que é assim com as traduções (e com o trabalho criativo em geral) — há sempre espaço para melhorias, a perfeição é apenas um conceito abstrato. Ou «o perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito».

Em relação à pergunta anterior: o que te causou mais dificuldade na tradução do poema «Arte de amar»?

Não sei se houve algo particularmente difícil aqui, afinal são apenas palavras. Claro, há rimas, mas não vejo isso como uma dificuldade, mais como uma mudança nas regras do jogo, por isso até fiquei contente com isso. Penso que eu mesmo criei a maior dificuldade para mim — a última linha que me veio à cabeça resume bem todo o poema, por isso não a quis mudar. Por isso tive de fazer malabarismos com as outras peças do puzzle enquanto a última linha foi fixada permanentemente.

Diferentemente das outras traduções, optaste por um título que não é óbvio: «Sztuka miłości», e não «Sztuka kochania». Porquê?

Não sei se não é tão óbvio assim. O que torna isso ainda mais engraçado é que, primeiro, escolhi esse outro título «Sztuka kochania». Mas depois de ler o poema pela quinquagésima segunda vez, decidi que o outro título correspondia melhor ao poema. Penso que é puramente uma questão de interpretação, a diferença é subtil. Interpretar títulos é sempre complicado, porque estão em relação ao texto, uma espécie de resumo do mesmo, e no entanto desligados do resto.

Vejamos, por exemplo, as traduções de Justyna Żmijewska e de Wojciech Kupisz. Quais, dirias tu, são os pontos fortes de seus trabalhos?

Eu preferia não o fazer. Não acho que eu seja qualquer tipo de autoridade sobre o assunto, além de ser provavelmente demasiado autocrítico para isso, e posso sentir o olhar acusador da minha própria tradução em cima de mim. A tradução de Justyna é mais próxima do original e a de Wojciech é mais criativa, fazendo com que cada uma se destaque à sua maneira. A propósito, saudações e felicitações pelos lugares no pódio!

És licenciado e mestre em Estudos Portugueses, por isso nem sequer estou a perguntar se conheces o trabalho de Saramago. No entanto, gostaria de saber se, para além da necessidade de conhecer a sua obra para passar nas aulas de literatura, Saramago é um escritor importante para ti pessoalmente, um escritor cujos livros procuras, investigas, lês porque te comovem de alguma forma?

Eh, lembro-me quando revi A Viagem do Elefante para a minha aula de literatura no meu primeiro ano. Foi o primeiro livro que li para os meus estudos e provavelmente o último livro em língua portuguesa que não li em original. Eu não o consideraria extraordinariamente bom, mas devido ao estilo peculiar de Saramago, mergulha-se nele. Frases intermináveis como uma história interminável. «Nenhum sonho acaba», como alguém disse uma vez. E é assim que se o lê — imagino Saramago como um homem velho, um contador de histórias sentado numa poltrona gasta junto à lareira, e todos estão tão envolvidos na história que independentemente de ter realmente acontecido ou não, isso deixa de ter importância.

Foi este estilo de contar histórias dos seus romances que me agradou, uma aversão às paragens e ao diálogo isolado; gosto destas soluções não óbvias porque me permitem olhar para a forma de contar histórias de uma forma diferente. São apenas letras nas páginas, e eu reajo frequentemente: “É possível fazê-lo assim?” ou: “Porque é que eu próprio não inventei isso?”… E depois contrabandeio algumas das soluções para o meu trabalho, que me ajuda muito no meu próprio desenvolvimento.

No entanto, ainda me resta muito de Saramago para descobrir, especialmente a poesia. Leio pelo menos uma hora por dia, normalmente várias, e mesmo assim a minha lista de leitura continua gigantesca. Algures por aí também está Saramago. Uma das coisas mais dececionantes na vida é que, apesar de ler milhares de livros, nunca os vou ler todos.

Se tivesses de escolher o teu escritor/ a tua escritora preferido/a, quais seriam? Diz-nos um de língua portuguesa e um em geral. Quem seriam?

Em geral, há três das maiores obras da literatura de língua portuguesa a que adoro voltar e que recomendo vivamente: A Confissão de Lúcio, de Mário de Sá Carneiro, O Marinheiro, de Fernando Pessoa, e O Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa/Bernardo Soares. Pode deduzir-se daí que gosto muito do modernismo português e especialmente de Fernando Pessoa. Isto é provavelmente verdade, mas Pessoa, ao lado de trabalhos incríveis, tem também trabalhos medíocres, como por exemplo Mensagem . Sim, eu estou mesmo a dizer isto. Dos escritores contemporâneos, eu destacaria Nuno Matos Valente — o amado por mim Bestiário Tradicional Português e tenho-o como amigo, um rapaz simpático. Para não esquecer a literatura africana, lembro-me muito bem de O Sétimo Juramento ou Terra Sonâmbula.

Quanto aos outros, penso que é classicamente Arthur Conan Doyle e J.R.R. Tolkien. Adoro histórias e fantasias de detetives. E se considerarmos também as bandas desenhadas, então Carl Barks, René Goscinny ou Stan Sakai.

Fiz a lista de mais de uma pessoa (e poderia continuar), mas avisei-vos que tenho dificuldade em fazer escolhas.

Tens algum sonho enquanto tradutor?

Não, porque não sou um tradutor profissional. xD (Palavra Juvenil do Ano 2017 do SJP, nota do editor) Ou, dito de outra forma — cada nova tradução que faço é a tradução dos meus sonhos, cada uma me agrada e é um desafio interessante, embora eu goste mais de traduzir meios visuais como filmes e banda desenhada. De qualquer forma, estou aberto a sugestões!

Das coisas de língua portuguesa, gostaria de ver os já mencionados A Confissão de Lúcio, Bestiário Tradicional Português e talvez uma tradução decente de O Marinheiro em polaco.

Pode ser que eu tenha demorado a fazer-te esta pergunta, mas mais vale tarde do que nunca: de onde veio o teu interesse pelo português?

Eu lancei os dados. Não literalmente, mas tive de escolher um curso e estava determinado a estudar filologia, e o português parecia mais interessante do que, por exemplo, o espanhol. Como ser humano estou sobrecarregado de uma perceção defeituosa do mundo, por isso não posso saber se as outras escolhas teriam sido melhores, mas estou satisfeito, «tudo é verdade e caminho». Conheci muitas pessoas de valor, a cultura e a arte dos países de língua portuguesa, especialmente as minhas lendas favoritas, a criptozoologia e o folclore, e o português é a língua mais bela do mundo. De certa forma, portanto, são os meus interesses que decorrem desta escolha e não o contrário. Em todo o caso, agora não consigo imaginar a minha vida sem o português e tudo o que tirei destes estudos.

Por último, talvez como uma pequena brincadeira, o calor predominante lembra-nos que «grande coisa, afinal, é o suor» e já «os antigos» (por exemplo Tales de Mileto) nos aconselhavam a nos hidratar bem. Tens a tua água favorita?

Que seja sem gás. 🙂

Julian Konopelski


Wywiad z laureatem 5. edycji konkursu Poesis, Adamem Sankowskim

Kilka dni temu rozmawialiśmy ze zwycięzcą 5. edycji konkursu tłumaczeniowego Poesis, w ramach którego uczestnicy muszą zmierzyć się z poezją w języku portugalskim. Konkurs organizowany jest przez Instytut Studiów Iberyjskich i Iberoamerykańskich Uniwersytetu Warszawskiego oraz działający przy tej instytucji Lektorat Camõesa I.P. Rozmowa z Adamem Sankowskim dała nam dostęp do jego kosmogonii przekładu i poznania, skąd wzięły się pomysły na jego tłumaczenie wierszy José Saramago.

Przyjemnej lektury!


Kiedy zetknąłeś się z wierszem tegorocznej edycji od razu wiedziałeś, jak go ugryźć, czy może skrupulatnie kalkulowałeś możliwe strategie?

W przypadku poezji zazwyczaj od razu łapię konwencję i daję się porwać ciągom liter i znaków. Wchodzę w stan wyższej świadomości, dookoła mnie zaczynają krążyć synonimy, antonimy i inne -nimy odmienione przez wszystkie przypadki, osoby, liczby i czasy, a ja pewnie wyglądam wtedy jak Nazaré Tedesco z „Senhora do Destino”. Z tego wychodzi mi przynajmniej po kilka(naście) wersji każdego wersu i potem nadchodzi najgorsze — muszę wybrać najodpowiedniejszą opcję. Nie jest to łatwe — po pierwsze jestem fatalny w wyborach (wolna wola to był naprawdę okropny prezent), a poza tym ja i recenzenci moich własnych (pseudo)wierszy zazwyczaj mamy zgoła odmienne zdanie co do tego, która moja praca jest najlepsza, co jest ogromnie dezorientujące — według tej logiki powinienem starać się pisać najgorzej, jak potrafię, wtf, bez sensu.

Wracając jednak do pytania, w tym konkretnym przypadku wygrała jedna z pierwszych opcji, ale to też chyba dlatego, że nie miałem na to tłumaczenie tyle czasu, ile bym chciał.

Wydaje mi się, że kiedy tłumaczymy, czasami czujemy, że coś nam wyszło idealnie, jak gdybyśmy znaleźli najlepsze możliwe rozwiązanie. Innym razem musimy (z lekkim skrzywieniem na twarzy) zaakceptować wyjście co najwyżej akceptowalne w naszym własnym mniemaniu. Jak się czułeś ze swoim własnym przekładem w momencie, kiedy go wysyłałeś, a jak go postrzegasz teraz kiedy już ostygł?

Przed oceniałem go fatalnie (a po nawet nie mam ochoty na niego patrzeć, acta est fabula), bo w sumie nie miałem nawet czasu usiąść do niego na porządnie. Może to i lepiej, jak pokazała przyszłość, ale jestem pewien, że zdołałbym to przetłumaczyć lepiej. Co nie oznacza, że wtedy byłbym bardziej usatysfakcjonowany. Ale tak to chyba już jest z tłumaczeniami (i generalnie pracą twórczą) — zawsze można coś poprawić, perfekcja to tylko abstrakcyjne pojęcie. Albo o perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito (to co idealne, jest nieludzkie, gdyż to, co ludzkie, jest nieidealne).

W nawiązaniu do wcześniejszego pytania: co sprawiło ci największą trudność w przekładzie „Arte de amar”?

Nie wiem, czy było tu coś szczególnie trudnego, w końcu to tylko słowa. Jasne, są rymy, ale nie traktuję tego jak utrudnienie, a raczej jak zmianę zasad gry, więc nawet się z tego ucieszyłem. Chyba największą trudność stworzyłem sobie sam — ostatni wers według mnie ładnie podsumowuje cały wiersz, więc nie chciałem go zmieniać. Musiałem więc żonglować pozostałymi elementami układanki, kiedy ten jeden był przymocowany na stałe.

W przeciwieństwie do większości zgłoszeń, wybrałeś nieoczywisty tytuł: Sztuka miłości. Dlaczego?

Nie wiem, czy taki nieoczywisty. Żeby było śmieszniej, najpierw wybrałem taki jak pozostali: Sztuka kochania. Ale po przeczytaniu wiersza pięćdziesiąty drugi raz uznałem, że lepiej z wierszem koresponduje ten drugi tytuł. To chyba wyłącznie kwestia interpretacji, różnica jest subtelna. Tłumaczenie tytułów zawsze jest podchwytliwe, bo są w relacji z tekstem, pewnym jego podsumowaniem, a jednak oderwane od reszty.

Spójrzmy na przekłady Justyny Żmijewskiej i Wojciecha Kupisza. Wskazałbyś najmocniejszy punkt każdego z tych dwóch tłumaczeń?

Wolałbym nie. Nie czuję się żadnym autorytetem w tym temacie, poza tym chyba jestem na to zbyt autokrytyczny i czuję na sobie oskarżający wzrok mojego własnego przekładu stojącego z boku. Tłumaczenie Justyny jest bliższe oryginałowi, a Wojciecha bardziej kreatywne, dzięki czemu każde na swój sposób się wyróżnia. Przy okazji pozdrawiam ciepło i gratuluję miejsc na podium!

Jesteś absolwentem Portugalistyki, więc nawet nie pytam, czy znasz twórczość Saramago. Chciałbym się jednak dowiedzieć, czy poza koniecznością zaznajomienia się z jego dorobkiem by zaliczyć zajęcia z literatury, Saramago jest dla ciebie osobiście pisarzem ważnym, do którego sięgasz, zaglądasz, którego czytujesz, który w jakiś sposób cię porusza?

Ech, pamiętam, kiedy na pierwszym roku recenzowałem „Podróż słonia” na zajęcia z literatury. To była moja pierwsza książka przeczytana na studia i chyba ostatnia portugalskojęzyczna, której nie czytałem w oryginale. Nie uznałbym jej za jakąś wybitnie dobrą, ale przez specyficzny styl Saramago wsiąka się w nią. Niekończące się zdania jak niekończąca się historia. Nenhum sonho acaba (żaden sen się nie kończy), jak ktoś kiedyś powiedział. I właśnie tak to się czyta — wyobrażam sobie Saramago jako staruszka, gawędziarza siedzącego w wysłużonym fotelu przy kominku, a wszyscy są tak zaangażowani w opowieść, że to, czy to wydarzyło się naprawdę, czy nie, przestaje mieć znaczenie.

Spodobał mi się właśnie ten gawędziarski styl jego powieści, awersja do kropek i wyodrębnionych dialogów, lubię takie nieoczywiste rozwiązania, bo pozwalają spojrzeć inaczej na formę opowiadania historii. To tylko litery na kartkach, a ja często reaguję: „To tak można?” albo: „Czemu sam na to nie wpadłem?”… I potem przemycam niektóre rozwiązania do swojej twórczości, to bardzo rozwijające.

Mimo to jeszcze wiele Saramago zostało mi do odkrycia, zwłaszcza poezja. Czytam przynajmniej godzinę dziennie, zazwyczaj kilka, a mimo to moja lista lektur nadal jest gigantyczna. Gdzieś tam jest też Saramago. Jedną z najbardziej rozczarowujących rzeczy w życiu jest to, że choćbym przeczytał tysiące książek, to nigdy nie przeczytam ich wszystkich.

Gdybyś musiał wybrać swoich ulubionych pisarzy/swoje ulubione pisarki: 1 ze świata języka portugalskiego i 1 ogólnie, kogo byś wskazał?

Generalnie są 3 najwspanialsze dzieła literatury portugalskojęzycznej, do których uwielbiam wracać i które gorąco polecam: „A Confissão de Lúcio” (Wyznanie Lúcio), „O Marinheiro” (Marynarz) i „Livro do Desassossego” (Księga niepokoju). Można stąd wywnioskować, że najbardziej lubię portugalski modernizm, a zwłaszcza Fernanda Pessoę. Pewnie to prawda, ale Pessoa obok wielu wspaniałych dzieł ma też przeciętne, na przykład „Mensagem” (Przesłanie). Tak, powiedziałem to.

Ze współczesnych pisarzy wyróżniłbym Nuno Matosa Valente — ukochany „Bestiário Tradicional Português” (Tradycyjny Bestiariusz Portugalski) i mam go w znajomych na fejsie, sympatyczny człowiek. Nie można zapominać o literaturze afrykańskiej, bardzo dobrze wspominam „O Sétimo Juramento” (Siódma przysięga) czy „Terra Sonâmbula” (Lunatyczna kraina).

Jeśli chodzi o pozostałych to chyba klasycznie Arthur Conan Doyle i J.R.R. Tolkien. Uwielbiam kryminały i fantasy. A jeśli weźmiemy pod uwagę też komiksy to Carl Barks, René Goscinny czy Stan Sakai. Wymieniłem więcej niż jedną osobę (i mógłbym wymieniać dalej), ale uprzedzałem, że mam problem z dokonywaniem wyborów.

Czy masz jakieś tłumaczeniowe marzenie?

Nie, bo nie jestem zawodowym tłumaczem. xD (Młodzieżowe Słowo Roku 2017, przyp. red.) Albo inaczej — każde moje kolejne tłumaczenie jest moim wymarzonym, każde mnie cieszy i jest ciekawym wyzwaniem, chociaż najprzyjemniej mi się tłumaczy media wizualne jak filmy i komiksy. Jakby co – jestem otwarty na propozycje! Z rzeczy portugalskojęzycznych chciałbym zobaczyć po polsku wspomniane już „A Confissão de Lúcio”, „Bestiário Tradicional Português” i może porządne tłumaczenie „O Marinheiro”.

To pytanie być może pada zbyt późno, ale lepiej późno, niż wcale: skąd się u ciebie wzięło zainteresowanie językiem portugalskim?

Rzuciłem kostką. Nie dosłownie, ale musiałem wybrać jakieś studia, byłem zdecydowany na filologię i portugalski wydawał mi się ciekawszy niż – na przykład – hiszpański. Jako istota ludzka jestem obarczony ułomnym postrzeganiem świata, więc nie mogę wiedzieć, czy pozostałe wybory byłyby lepsze, ale jestem zadowolony, tudo é verdade e caminho (wszystko jest prawdą i ścieżką). Poznałem wielu świetnych ludzi, kulturę i sztukę krajów języka portugalskiego, zwłaszcza moje ulubione legendy, kryptozoologię i folklor, a portugalski to najpiękniejszy język na świecie. Poniekąd więc to moje zainteresowania wynikają z tego wyboru, a nie odwrotnie. W każdym razie teraz nie wyobrażam sobie swojego życia bez języka portugalskiego i tego wszystkiego, co wyniosłem z tych studiów.

Na koniec jeszcze może z małym żartem: panujące upały przypominają nam, że pot jest wszakże prawdziwą wielkością, a już starożytni filozofowie (np. Tales z Miletu) radzili nam dobrze się nawadniać. Czy masz swoją ulubioną wodę?

Aby niegazowana. 🙂

Universidade de Varsóvia / Instituto Camões Varsóvia | Website | + posts

Atualmente é docente no Departamento de Estudos Brasileiros da Universidade de Varsóvia. Bolseiro do Camões, I.P. Grande Colisor de Ideias e Malabarista das Redes Sociais no Instituto Camões Varsóvia. Ama tocar um samba, ensinar língua portuguesa e traduzir. Fora da área, multiinstrumentalista e artista visual.

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